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RESENHAS

AS PEQUENAS MEMÓRIAS DE JOSÉ SARAMAGO

Ler Saramago é uma experiência sempre fascinante. O livro “As pequenas memórias” da editora Companhia das Letras é uma autobiografia diferente. Sempre tive a impressão que autobiografias seriam tratados narcísicos sobre seus autores, já que falar de si soa-me como se vangloriar. Mesmo assim, por causa do podcast resolvi apostar neste livro singelo de 138 páginas. Pensei: “Mesmo que não goste lerei rápido”. Duplo engano: gostei e não li rápido, por quê? Explico-me.

GOSTEI

Essa biografia é diferente principalmente para quem já leu mais de um livro do autor e/ou tem conhecimento de sua vasta obra, percebe que constantemente ele irá ligar vários fatos de sua vida aos livros escritos. Mostrando que aqueles livros estavam nele e que em algum momento iriam se concretizar em forma de palavras numa folha de papel. Destaque para um interessante acontecimento na vida do autor que é o seu próprio nome. O sobrenome Saramago não existia em sua família e tudo fora um erro do cartório que ao resgistrá-lo acrescentou o Saramago por motivos até hoje desconhecidos pelo autor, obrigando assim a seu pai mudar o próprio nome, sendo, como afirma o próprio Saramago, “o primeiro caso na história em que um filho tenha dado nome ao pai”. Esse fato o inspirou a escrever o romance “Todos os nomes”. E assim decorre o livro, nessa relação acontecimento e obra, sem beirar as relações psicanalíticas que fazem com que sitamos pena do autor, não!

Saramago relata vários episódios de sua infância pobre e de constantes mudanças, relatadas de forma natural, naquela época era natural as condições de vida serem tão precárias; conhecemos seu primeiro contato com o amor e corpo de uma mulher; menino travesso gostava de caminhar pelo sítio de sua avó e se perder em pequenos episódios como da vez em que se encontrava pescando e acabo por perder uma das varas para um peixe, atordoado chegou à casa da vó explicando o acontecido e querendo algo para pescar o peixe que havia “pescado” sua vara, sua avó riu do esforço, já que o peixe não estaria lá “esperando por ele”.

Vemos neste livro que José Saramago não poderia ser diferente do que fora. Suas vida simples e muito bem vivida trouxeram para o livro um ar nostaugico que só a infância poderia ter. O livro é como seus romances. Simples poderem fascinante.

NÃO LI RÁPIDO

O livro é pequeno comparado as demais obras do escritor. Por isso, meu susto ao demorar quase duas semanas para concluir sua leitura. A escrita de Saramago é particular, sua marca. Quem lê os seus romances sabe que não encontraram diálogos com parágrafos, dois-pontos e travessões, são, muitas vezes, páginas e mais páginas sem um único parágrafo. Não que isso atrapalhe a leitura, pois em um dado momento o leitor já se acostumou.

No entanto, o costume não apareceu neste livro. Reli vários trechos e muitas foram as vezes que chegavam ao final de uma página sem lembrar de nada do que lera.

Como leitor, tenho uma peculiaridade, demoro para me adaptar a nova leitura. Quando termino um livro e inicio outro percebo que meu cérebro ainda está com a antiga escrita e luta para compreender a nova. Tinha acabado de ler Percy Jackson e os Olimpianos – O ladrão de Raios do Rick Riordan (ed. Intrinseca), daí passar para uma leitura como Saramago realmente foi sofrível. Mas, pretendo relê-lo ainda. Minha paixão por este escritor é tamanha que preciso siceramente compreendê-lo em todas as peculiaridades.

Gostaria de acrescentar que para quem deseja saber mais sobre o escritor português há um hotsite em sua homenagem para acessá-lo basta clicar aqui.

Outra notícia é que em novembro do ano passado lançaram um documentário intitulado “José e Pilar” que acompanha o romance “A viagem do elefante” e acompanha o casal (José Saramago e Pilar Del Rio) em algumas viagens pelo mundo. Há um hotsite, também, sobre o documentário (clique aqui).

Abaixo vários vídeos sobre o documentário:

 

Trailer nacional de José e Pilar:

MAIS PESADO QUE O CÉU – CHARLES R. CROSS

Mais pesado que o céu/paraíso, capa

” … Se meus olhos mostrassem a minha alma, todos, ao me verem sorrir, chorariam comigo … ”

Kurt Cobain

Faz um tempinho que terminei de ler a biografia do Kurt Cobain (“Mais pesado que o céu/paraíso” do Charles R. Cross lançado no Brasil pela editora Globo) e tenho digerido sua história de vida.Sua infância marcada pelo divórcio dos  pais,  adolescência conflitada tendo que dormir na casa dos outros e já na fase adulta, seu envolvimento com o sucesso e as drogas, tudo isso agregado a uma dor insuportável de estômago, cuja razão nenhum médico sabia o porquê.

Confesso que gosto de Rock, apesar de não ser mais um adolescente sempre ouço bandas que me cativaram nessa fase de minha vida,quando conheci o Nirvana, seu vocalista já havia se matado há uns 3 anos e só vim descobrir isso pela televisão, já que onde eu morava não passava nenhum canal musical interessante e também não tínhamos computador e muito menos internet, que nos idos dos anos 90 era surreal pelo menos pra mim que era um legítimo filho da classe operária, apenas um eufemismo para: pobretão.

Kurt Cobain, capa

Para mim, ser “roqueiro” era bastante conveniente, pois além da atitude que eu achava que  tinha, ao usar uma calça jeans velha (pois só ganhava uma por ano) e um tênis (que também só ganhava um par por ano, e usando-o para todo e qualquer evento social, inclusive para ir à escola), qualquer camisa preta ou de banda me fazia um “rebelde do rock”, já que quando eu era adolescente só quem conseguia pegar mulher era quem freqüentava casas de pagode ou era muito “bonito” ou tinha $abedoria $uficiente para $e dar bem com as mulheres, eu não tinha nenhuma dessas qualidades.

Juntando isso a vinhos baratos (vinho carreteiro) e acordes mal executados em violão de nylon e um pouco de revolta(medo) que é bem peculiar a alguns adolescentes me considerava “roqueiro”, mas do tipo que não se drogava e não tinha as chaves de casa, para não chegar em casa de madrugada, pois meus pais só dormiam quando eu estivesse sã e salvo em casa na frente da TV rsrsrsrsr.

Quando eu terminei o livro sobre kurt cobain fiquei um pouco estarrecido como as pessoas não enxergavam o sofrimento dele! o cara era um maníaco-depressivo desde os 9 anos de idade! Ele estava dando todos os sinais de que iria dar cabo da própria vida!

RIP Kurt…

Lembro que fiquei algum dias  triste por causa do livro(mesmo sabendo de cor o final dele), eu sou fã da banda e sempre ouço as músicas e depois do livro começo a perceber a fúria e frustração que ele sentia e que sua letras explicitavam com a coragem que os gênios têm para expor seus sentimentos.

Kurt e a filha

Senti-me um velho após a leitura do livro, um velho ranzinza e frustrado, mas quando eu me olhava no espelho eu ainda era jovem…

Minha vida “Smells Like Teen Spirit” parece um mar de rosas, comparada com a que à dele foi, mas cada um sabe a vida que tem e os problemas que enfrentou e enfrenta pra continuar vivendo e sonhado em ser uma pessoa melhor e casar e por crianças no mundo, que vão correr e voar no seu pescoço quando você chegar cansado física e mentalmente do trabalho.

Às vezes acho isso muito comovente, às vezes acho um super clichê, às vezes fico encantado com algumas atitudes das pessoas que convivem comigo ou pessoas que mal conheço. Quando eu era adolescente eu achava todas as pessoas ridículas, mas percebia que muitas vezes eu era muito mais que elas…

Ouvindo: Nirvana – Sappy

por Coringa

 

 

CREPÚSCULO – STEPHENIE MEYER

Crepúsculo, capa

Não isto não é um review de uma antiga resenha nossa, a verdade é que eu não tinha lido o 1ºlivro dos vampiros da  tia Stephenie Meyer; o que foi bom, pois pude ler sem os fã freaks ou os odiadores freaks da obra. Outro fator positivo de minha leitura é que Serena (minha irmã) havia dito ser um romance (não enquanto gênero, mas como conteúdo).  O livro foi lançado no Brasil em março de 2003 pela editora Intrinseca (que publicou toda a saga).

Sinopse:

Crepúsculo conta a história de Isabella Swan, uma garota que vivia com a mãe e seu novo namorado Phil, mas por ele ser um jogador e viajar constantemente sua mãe tinha passava ora com um ora com outro, por ver sua mãe sofrendo quando estava longe de Phil, Bella decide morar com o pai em Forks (uma cidade que ela odeia, pois chove o ano todo, muito diferente do costumeiro calor de Phoenix).

Recém chegada, percebe que sua vinda era aguardada já que todos em sua nova escola pareciam saber quem era. Sem muitas espectativas, Bella começa a si enturmar. Mas, eis que surge a família Cullen: um grupo formado por cinco jovens de beleza ímpar que sempre ficam distantes dos outros, tudo poderia ter parado neste primeiro contato, mas ela encontra um dos Cullen na aula de biologia: Edward. As impressões negativas a respeito da família Cullen apenas se concretizaram naquela aula. Bella reparara que Edward não parecia confortável ao seu lado saindo da sala assim que toca para a próxima aula. Para incompreensão total, Bella, decobre minutos depois que ele deseja transferir-se da turma. E para piorar durante uma semana ele se ausentou do colégio impedindo que ela o confrontasse.

Uma semana depois ela o encontra na mesma aula de biologia e diferente do primeiro encontro Edward parece mais calmo e cortez. Desde então Bella e Edward passam a conversar constantemente e si tornam amigos apesar dos avisos constantes de Edward sobre o perigo daquela amizade.

Bella odiava Forks pelas chuvas constantes, mas algo que ela odiava ainda mais era neve, já que era descordenada e vivia caindo e tropeçando, o que dizer então de metros de piso congelado. E foi em um dia assim, quando estava observando os pneus de sua picape aos quais Charlie (seu pai) havia posto correntes para não deslizar que ao som de freios ela percebe a van de Tyler desgovernada avançando contra ela, segundos antes ela vira Edward do outro lado do estacionamento próximo ao carro dele, por isso as dúvidas dela quando antes do carro se chocar como Edward Cullen aparecera ao seu lado e como usara o ombro para impedir o impacto? Quem seria ele? De onde viria tamanha força? Essa intrigante pergunta levaria Bella a fazer escolhas que a fariam decobrir que seu salvador é um vampiro (…)

Stephenie Meyer, autora

Existem muitos motivos que me fizeram ler Crepúsculo e, felizmente ou infelizmente, não foram os motivos que me levariam a ler qualquer outra obra, mas o principal motivo era curiosidade, sim! Eu queria compreender por que tantas pessoas falavam (bem e mal) deste livro. Posso confessar que o livro não me surpreendeu. O enredo é focado estritamente na relação entre Bella e Edward, portanto este não é um livro de aventura e sim um romance, mas para que se goste dele é preciso estar ciente disso. Por isso, afirmo categoricamente que gostei de ler Crespúsculo não foi uma “perda de tempo”. Por quê? Simples quem já amou (não falo nada carnal) quem já sentiu o toque da paixão sabe muito bem o que a protagonista sente. A sensação de se sentir inferior perto do ser amado é comum no início do relacionamento para muitos, daí é fácil saber o que Isabella Swan sente e passa.

O livro não possui ação, mas isto não torna sua leitura enfadonha. Stephenie Meyer consegue muito bem conduzir o casal sem transformar isso em pieguisse e amor “mel com açúcar” o que contrapõe a uma das primeiras críticas que ouvi a respeito da obra dela: “Stephenie Meyer escreve mal”. Como assim? Que fragmento prova isso? A leitura é fluída e uniforme. Não existem mudanças em sua maneira de narrar, ela desenvolve muito bem o relaciomento proibido e faz isso com maestria, pois, repito, a obra não possui cenas de ação o que torna ainda mais difícil escrever uma história de amor nos tempos de hoje de uma forma tão encantadora quanto ela o faz.

Outra crítica: “A escrita da autora é superficial”. O romance é narrado em 1ª pessoa, quem conta toda a história é a Bella. Isto é uma escolha e como toda a escolha possui pontos positivos e negativos. Narrar em 1ª pessoa implica se aprofundar em um personagem, perde-se o foco dos demais, mas repito, isto é uma conseqüência desse tipo de narração. Narrar em 3ª pessoa também tem pontos fracos: apesar de sabermos tudo de todos os personagens se aprofundar é complidado e ai sim fica-se um pouco superficial. Logo, a escolha do foco narrativo transforma o livro num mergulho psicológico sobre Isabella Swan. Sabemos toda a angústia e aflição que essa nova experiência (o amor de Edward) lhe traz.

Portanto, gostei de ler Crepúsculo, mas não é o meu tipo de literatura predileto. Vou assistir aos filmes para concluir a saga, não tenho interesse em ler os demais livros, mas não significa que é ruim, apenas, como disse, não faz meu gênero e como tenho outras leituras e pouco tempo para ler… Sendo que acho imprecindível que todos leiam antes de sair por ai falando e dando opiniões baseado em “boatos” e no filme que é bom, mas não passa as peculiaridades e as sutilezas que o livro transmite. É um bom livro e Stephenie Meyer está recebendo os louros por merecimento.

Há um hotsite feito pela editora lá você encontrará muitas informações. Para acessar clique aqui.

Papel de parede

Assista ao trailer do filme:

por Lucien, o Bibliotecário

 

 

BLUE BLOODS – MELISSA DE LA CRUZ

A bela capa de "BLUE BLOODS"

Nos navios dos primeiros colonos que chegaram aos EUA havia um grupo de vampiros, os Blue Bloods, que alcançaram fama e fortuna na América. Mas na Manhattan dos dias de hoje o grupo enfrenta uma ameaça: os Silver Blood, que começam uma série de assassinatos que caberá a uma jovem Blue Blood investigar.

Olá Ouvintes-Leitores! Já ouviram falar de vampiros de sangue azul? Não? Então se prepare para os Blue Bloods!

Sim leitores, os dentuços chupadores de sangue da escritora Melissa de La Cruz possuem sangue azul, literalmente. Mas como não só de hemácias cianosadas vivem os vampiros, deixem-me contar um pouco sobre o enredo deste livro da Editora iD.

Melissa de La Cruz

Nas primeiras páginas, vocês vão perceber que o livro não possui apenas uma narradora mais sim, três vampiras como protagonistas. Algo bastante inusitado quando estamos acostumados a um narrador ou dois. Schuyler Van Alen, Bliss Llewellyn e Mimi Force são nossas três BLUE BLOODS, uma raça de vampiros para lá de poderosos, influentes e ricos que chegaram aos EUA em 1620 fugidos de algo que só iremos descobrir ao decorrer da leitura.

Agora, que elas são nosferatos não é nenhuma grande revelação para o leitor, pois é algo declarado desde o início da trama, Schuyler e Bliss, que não sabem do tal fato, e só descobrem depois,  não deixa o leitor-cabuloso surpreso, já que ficamos sabendo primeiro que as nossas próprias heroínas, ou seja, a autora não faz disso um mistério.

Vocês está entrando na Aria 51 de SPOILES! CUIDADO!

O real enigma da trama gira em torno da morte de uma estudante que foi encontrada sem nenhum pingo de sangue no corpo. Vampiros? Claro, além de que a tal estudante morta e chupada até a ultima gota era também uma filha da noite. Mas quem assassinaria outro vampiro e beberia do seu próprio sangue?

É isso que Schuyler ou Sky para os mais íntimos, quer saber. Sendo uma garota totalmente deslocada da escola, onde estudam os filhos dos grandes magnatas da terra do tio Sam, e vinda de uma família que um dia já fora bastante próspera e hoje está quase falida, não se sente realmente peça deste mundo de luxo e riqueza. E como azar é pouco, Sky vive em um casarão decrépito com sua avó autoritário, pois sua mão entrou em coma quando nascera e se pai havia morrido antes de vê-la nascer.

Após saber que a garota da sua escola foi morta na festa em que estava, junto com seu amigo Oliver a deixou bastante intrigada, além disso, a tal estudante fazia parte do círculo de amizade da fútil Mimi Forces e do seu irmão gêmeo, Jake

Capa orginal de BLUE BLOODS

Forces que desperta um novo sentimento em nossa personagem.

Resumindo este enredo, os acontecimentos vão se focar, ao decorrer da leitura, na descoberta de ser uma vampira, quem matou e está perseguindo os blue bloods, no romance principal de Sky e Jake e o mistério que envolve o coma da sua mãe.

A escritora Melissa de La Cruz realmente não surpreende neste primeiro livro da série os Vampiros de Manhattan, sua narrativa não é ruim, mas ao se deter em descrever marcas de roupas, celulares, bolsas e lugares, fazendo disso algo crucial na sua trama, o que não deveria ser, perde no ritmo da história. Além de não ajudar na visualização do vestiário, pois a maioria das marcas citadas são desconhecidos para os leigos que não vivem vidrados muito no mundo da moda. As vezes fiquei me perguntando quanto ela estava ganhando para falar tanto de supostas grifes famosas.

As vezes Melissa de La Cruz parece complicar coisas que são bastante simples e se enrolar nas sua própria fantasia vampírica. Quando ela conta como são seus vampiros de sangue azul, ou seja, seres de luz e de sabedoria impar, fiquei-me perguntando se eles não eram elfos chupadores de sangue e não vampiros. Realmente parece algo forçado, a autora podia ter usado qualquer outro ser sobrenatural que se encaixaria sem muito problema em sua trama e não deixar a impressão que foram usados vampiros apenas porque eles vendem.

Capa do segundo livro da série “Masquerade”

Outro agravante é a relação de Mimi e seu irmão gêmeo Jake, que apesar deles serem vampiros não minimiza a insinuação de incesto que existe embutida entre eles. Um assunto bastante delicado que me desagradou bastante em BLUE BLOODS.

Mas Serena o livro tem pontos positivos? Claro, meu caro Leitor-Cabuloso! Todo o livro tem seu ponto negativo e positivo e com BLUE BLOODS não seria diferente.

O trabalho feito pela nossa querida Editora iD é bastante competente, a capa nacional ficou linda, mais bonita que a americana ,ao meu ver,  e o trabalho de finalização que a editora teve com o livro foi excelente.

A narrativa da Melissa de La Cruz é bastante leve, perfeito para um público adolescente acostumado com os livros da séria Gossip Girl cheios de charme, moda e beleza. Dar para perceber que a  autora deve ter bebido muito desta fonte.

O final também é o pulo do gato da escritora, apesar do livro não ter me empolgado tanto, o desfecho realmente me deixou bastante curiosa para ler o próximo volume de série. Não que o final tenha algo supreendente, mas realmente ficamos curiosos para saber o que a escritora vai fazer em MASQUERADE, a continuação de BLUE BLOODS.

Então é isso gente, apesar dos pesares, recomendo sim BLUE BLOODS espero que vocês também leiam e digam o que acharam do livro!

Boa leitura para todos!

Ainda tem dúvida em ler BLUE BLOODS? Então assista  ao lindo Book Trailer!

por Serena

 

 

AMANTE DESPERTO – J. R. WARD

Capa de "AMANTE DESPERTO"

Sem dúvida nenhuma, um dos livros mais picantes e emocionantes da série IRMANDADE DA ADAGA NEGRA, se não for o melhor! Ele é o terceiro que foi lançado pela Editora Universo dos Livros e escrito pela escritora J.R. Ward. Ao ler o segundo livro da série você tem uma leve apresentação deste terceiro, que envolve mais personagens do que os anteriores, nesta que é trama mais emocionante dentre os quatro já lançados no Basil.

Capa americana de “AMANTE DESPERTO”

O livro fala da história de Zsadist, que desesperado pelo sequestro de Bella pelos redutores, termina se vendo mais agressivo e cruel consigo mesmo e com seus irmãos pelo simples fato de não se importar em acabar com a própria vida para obter a vingança da perda de sua amada, porém ele mesmo não aceita que faz isso por amá-la, já que para ele, esse sentimento é indigno de sua pessoa, impossível para a sua natureza. Quando Z consegue encontrar sua amada, ela está frágil e totalmente desolada pelo trauma que sofreu e encontra no amor que sente por Zsadit um porto seguro para se livrar de seus medos, no entanto paralelamente a isso ela vai desvendando todo o mistério da vida de seu amado e de seu irmão gêmeo Phury, que também é apaixonado por Bella e cada vez mais recorre a materiais ilícitos para tentar esquece-la em nome do amor que sente por seu gêmeo e pela culpa por ter tido uma vida relativamente melhor que a dele, como escravo sexual e de sangue. Bella consegue decifra todo o caminho que precisa para chegar ao coração de Z e para isso, precisou magoar as pessoas de quem gostava e passou por situações constrangedoras como ter que produzir dor, para que seu amado sentisse prazer com ela. No entanto é nessa relação doentia que Z passa a confiar nas pessoas que o cercam e descobre que não precisa se sacrificar para ser feliz e fazer feliz a quem se ama. Phury por sua vez começa a definhar por dentro. Ainda bem que é só por dois livro depois ele consegue se recuperar.

Mais livros da série

Durante a leitura é possível, para nós mulheres, termos o prazer de ver a fragilidade de um homem, alheio a tudo e a todos, cair de encantos por uma mulher ao ponto de transformar todo seu caráter e trazer a tona sua verdadeira personalidade. É um livro que os melhores capítulos são os que envolvem a paixão arrebatadora do casal principal e as melhores partes não são as de sexo, por incrível que pareça, mas sim as que ele demonstra todo o carinho e cuidado para com a sua amada. Por sua vez até as cenas, que nos outros livros são chatas, que são as com a participação dos redutores, neste livro passam a ser suportáveis. Bem, só tenho uma coisa para dizer e completar essa resenha leiam caros ouvintes-leitores, pois tem uma parte nos capítulos finais que são surpreendentes.

Assista a um Book Trailer de “AMANTE DESPERTO” feito por uma fã!

por Maiana

 

 

NOITE ETERNA – CLAUDIA GRAY

Capa de Noite Eterna

Uma escola sombria, composta por alunos e professores ricos, esnobes e totalmente estranhos, cercada por mistérios e fatos surpreendentes, é isolada por uma floresta que impede que seus segredos sejam facilmente revelados. Bianca Olivier garota simples que se vê presa entre os muros dessa escola, sem chance de escolha, porém Lucas Ross aluno novo e encrenqueiro ajuda nossa protagonista a suportar a terrível solidão que tanto detesta.

No entanto, Lucas não é o único a ajudar Bianca, Balthazar, Patrícia, Vic e Raquel fecham o círculo de amizades de Bianca e todos eles tem um fator importante no desenvolver da história.

Evernight wallpaper!

Este é o universo de NOITE ETERNA, livro de Claudia Gray lançado pela Editora Planeta, é um livro juvenil de fácil leitura com uma trama que causa bastante surpresa no leitor, pois, neste livro,  nem tudo que parece é.

É o primeiro livro da série e já garantiu boas críticas para sua escritora. Por tanto, boa leitura caros Ouvintes-Leitores.

Vejam a entrevista com a autora. Infelizmente está em inglês:

por Maiana

 

 

AMANTE ETERNO – J. R. WARD

Capa do segundo livro da séria " A Irmandade da Adaga Negra"

Quem nunca desejou ter por perto, alguém LINDO a ponto de encantar qualquer pessoa, FORTE capaz de enfrentar qualquer tortura ou dor para lhe manter a salvo e APAIXONADO ao estremo de esquecer que existe o mundo sem você? Este é simplesmente o Amante Eterno, segundo livro da série Irmandade da Adaga Negra de J. R. Ward publicado pela Editora Universo dos Livros. Neste livro é contada a história da Rhage e Mary, casal protagonista desse título.

Extremamente encantado por uma humana, Rhage enfrenta a tudo e a todos e busca de sua felicidade que já não será

Capa americana de “Love Eternal”

mais completa sem sua amada Mary. Como é de se espera da autora que escreve esta série, o livro é cheio de detalhes intensamente picantes que envolvem o casal, além da inovação de personagens, e um texto corrido que não há repetição de fatos. O livro é muito bem escrito ao ponto de provoca uma exagerada curiosidade na leitura dos trechos menos interessantes para assim desvendar os pontos-chave da grande história. É um livro adulto voltado para o público feminino, mas, que contém partes bem atraentes para o público masculino.

A Sexy capa de ” Amante Desperto”

O pulo do gato desse livro é que ela já começa a introduzir a história do terceiro (AMANTE DESPERTO), o que te deixa louca para ler também, além do trecho que é liberado como “senas do próximo capítulo”, para variar, não é nem um capítulo completo nem muito menos do começo do livro, o que provoca o delírio dos leitores curiosos, como eu é claro… Bem pessoal está dada a dica então, deliciem-se.

 

 

 

por Maiana

 

 

FALLEN – LAUREN KATE

Fallen, capa

Lucinda Price ou simplesmente Luce, sempre foi um garota diferente, atormentada por “umas sombras” que sempre a perseguiam e lhe colocava em diversas situações que, para outras pessoas, faziam dela uma louca psicótica, pois só

A fofa Lauren Kate

Luce as via e sabia o que de fato acontecia.

E foi em um desses fatos que nossa protagonista foi parar em uma espécie de “escola” que na verdade era um reformatório e lá conhece Daniel, garoto pelo qual se apaixona de cara, mas em seu primeiro contato já é desprezada por ele e Cameron Briel (Cam), garoto elegante que fica encantado por ela.

É com esses três principais personagens, que há o desenrolar dessa história surpreendente, cheia de ação e suspense escrito por Lauren Kate e publicado pela Editora Galera Records.

FALLEN, que já está sendo adaptado para filme pela Walt Disney e em breve estará no cinema, tem um texto simples e bastante vicioso, provocado pelo mistério sobrenatural que envolve o texto.

Capa de TORMENTA o segundo volume da série

Ele é o primeiro livro da série que até agora está prevista para apresentar quatro livros dos quais o segundo, TORMENTA ou TORMENT em inglês, já está em pré-venda nos sites das grandes livrarias. Por isso, queridos leitores do nosso amado Leitor Cabuloso, não percam mais essa dica.

Wallpapers de FALLEN! Click para aumentar e enfeitar sua área de trabalho!

Assita ao booktrailer:

por Maiana

 

SENHORES DO MUNDO SUBTERRÂNEO – A NOITE MAIS SOMBRIA

Capa de " A Noite mais Sombria"

Olá Ouvintes-Leitores! Aqui estou eu, a Serena fazendo mais uma resenha para alegrar o os seu dia, cara leitora! Sim, hoje falo diretamente com as Leitoras-Cabulosas, pois o livro “A NOITE MAIS SOMBRIA” da escritora Gena Showalter, a mesma de INTERLIGADOS, é feito para nós mulheres adultas que gostam de um romance um pouco mais picante, se é que vocês me entendem.

Gena Showalter, a escritora

Quem já lei “O Amente Sombrio” da série “A irmandade da Adaga Negra” vai se apaixonar pelos lindos guerreiros do Mundo Subterrâneo da Editora HARLEQUIN BOOKS. Neste livro nossos heróis não são vampiros, mas sim, antigos guardiões gregos amaldiçoados pelos deuses do Olimpo. Quando os deuses deixaram a dimOuniak, a caixa que continha toda as mazelas do mundo, nas mãos de Pandora, doze grandes guerreiros da antiguidade se enciumaram e quiseram tomar para si o artefato, alegando serem os mais fortes e capacitados para a tal tarefa. Logo uma batalha foi travada para a captura e posse da Caixa de Pandora. Inconsequentemente os guerreiros violaram a sagrada caixa libertando por fim, os demônios lá contidos. Desastre, Derrota, Dor, Dúvida, Doença, Luxúria, Ira, Infelicidade, Morte, Mentira, Segredo e Violência, todos agora seriam selados dentro do corpo de cada guerreiro que carregariam para eternidade a fúria dos seus demônios.

No entanto, como desgraça é pouco para Maddox o nosso heroi, a sua maldição era ainda pior, maior que carregar apropria fúria da bestialidade. Quando matara Pandora com as próprias mãos, após ser possuído pelo demônio Violência, foi amaldiçoado pelos deuses gregos a morrer todas as noites e renascer á alvorada. Mas não é simplesmente morrer e pronto final. Maddox tinha que ir para o outro mundo do mesmo jeito que fizera com Pandora e sua alma teria que permanecer queimando no fogo do inferno até os primeiros raios de sol banhar o mundo.

Gente isso que é maldição! Imaginem queimar nos mármores do inferno toda noite, e levando em conta que você é imortal? Imaginaram? É. Eu também tenho pena do Maddox.

Chegando nós dias atuais, nossos Senhores do Mundo Subterrâneo, tentam como podem levar uma vida mais próxima danormalidade, porém sempre precisando conter a sombra da fúria do castigo que os deuses o impuseram.

Quando a fortaleza dos guerreiros, em Budapeste, está ameaçada pelos Caçadores, inimigos eternos dos Guerreiros

Capa americana de "A Noite Mais Sombria"

amaldiçoados, Maddox precisa derrota-los antes que os ponteiros batam as horas para um novo dia, pois Morte e Dor o esperavam.

Na frenética caçada aos seus inimigos, o senhor da Violência encontra Ashlyn, nossa protagonista, que possui poderes psíquicos aos quais nunca conseguiu controlar e que transformam sua vida em vozes sobrepostas de épocas passadas. Sem poder dominar seu poder, nossa heroina escuta das vozes dos mortos que no castelo ao topo de colina existem homens com habilidades que ninguém sabia explicar, ou seja, alguém alí poderia ajuda-la e se livrar do seu desespero. Ao encontrar Maddox nas imediações do castelo, sujo do sangue dos inimigos e tomado pelo demônio da Violência, suas vozes se calam. Ashlyn pela primeira vez sente o prazer do silêncio. Quem era aquele guerreiro que calavam seus sons? E que atração era essa que Ashlyn sentia por ele e por que Maddox não era tomado pela fúria de seu tormento quando olhava para aquela estranha?

Sim, minhas caras Ouvintes-Leitoras, só lendo para saber as respostas . Sabem como adora deixar vocês morrendo de curiosidade.

 

Capa americana do segundo volume da séria! "O Beijo Mais Sombrio"

Deixando um pouco de lado a historia, vamos falar das minhas impressões sobre a leitura. A Gena Showalter é muito competente ao conduzir seu romance de fantasia que flui deliciosamente ao ponto de você não conseguir largar até chegar as últimas páginas. E  falo por experiência própria. Os seus sexys e irresistíveis guerreiros são apaixonantes e sua  protagonista não deixa por menos, possui personalidade e é cativante. E não se surpreendam quando terminarem a “A NOITE MAIS SOMBRIA” e ficarem loucas pelo resto da saga, pois esse é o meu atual estado de espirito. Necessito urgentemente dos outros dois volumes da série.

Então Leitoras, para finalizar só tenho uma coisa a dizer: Preparem-se para se apaixonar pelos “SENHORES DO MUNDO SUBTERRÂNEO”! Boa leitura!

Assista ao delicioso Book Trailer e conheça os três primeiros livros da série!

por Serena

 

 

PERCY JACKSON E OS OLIMPIANOS – O LADRÃO DE RAIOS

Capa da obra

Começo dizendo sem meias palavras: “Você ainda não leio esse Percy Jackson e os Olimpianos – O ladrão de raios“? Pois, essa foi a sensação que tive quando acabei de ler o primeiro livro da série Percy Jackson e os Olimpianos. E infelizmente, a cada página e a cada capítulo o sentimento só ficava pior.

O livro é escrito em primeira pessoa (o que nem sempre é bom, pois ficamos focados na visão do narrador), quem conta a história é Percy, um garoto disléxico que vivia passando de escola em escola por seu comportamento anti-social. Percy vivia no reformatório Yarcy, pois sua mãe passava o dia trabalhando e, principalmente, pelo fato dele não se dar bem com seu padrasto que ele apelidou de Gabe Cheiroso (por ironia, não, elogio).

Percy tem um amigo, Grover, um deficiente físico que ele protege dos outros garotos (ou garotas) do reformatório. Tudo ia “bem” na vida Percy até que…

Certo dia, enquanto visitavam um museo em New York, Percy acaba arrumando briga com uma garota que mechia com seu amigo. A professora de matemática o chama a par para uma conversinha e ele já imaginava o que seria “expulsão”. Quando os dois entram em uma sala vazia, sua professora transforma-se no monstro aterrador e o ataca… quer saber o restante leia o livro, pois são aventuras de tirar o fôlego.

Reli Harry Potter recentemente e quando comecei a ler Percy Jackson comecei a notar uma característica marcante em todo o livro: o autor não perde tempo. Não há descrições demoradas de locais, ele resolve tudo rápidamente e deixa o leitor com aquela sensação de “o que irá acontecer agora?”; mesmo assim, gostaria de deixar claro que não estou em momento algum criticando o “testa rachada”, como diz Serena. Já que aprendi na minha área que mesmo quando uma teoria é derrubada isso só é possível, porque alguém fez, antes, uma teoria para ser derrubada. Por isso, muito daquilo que vemos em Percy Jackson e os Olímpianos é a graças ao sucesso de Harry Potter.

Sem falar das coencidências entre as obras, mas isso ocorrerá em um podcast específico.

Outro motivo que faz qualquer um se apaixonar por Percy é o seu humor. Um vários momentos ele deixa transparecer um humor simples, mas bastante característico para um adolescente que passa por várias situações estranhas. Essa característica o torna um alivio cômico e ao mesmo tempo cria uma complexidade ao personagem, já que ele é muito impulsivo e impaciente devido a sua dislexia.

E quem assistia a Cavaleiro do Zodíaco vai adorar rever os mitos gregos sob a pespectiva do Rick Riordan. É um livro divertido e muito gosto de ler. Demorei dois dias com ele e acabei sentindo vontade de ler o restante da série logo em seguida. Vale muito a pena lê-lo.

por Lucien, o Bibliotecário

 

 

PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN

Capa da obra

 

A expressão de Kevin era tranquila. Ainda exibia uns restos de determinação, mas esta já deslizava para a empáfia arrogante e serena de um trabalho bem feito. Os olhos dele estavam estranhamente desanuviados – imperturbados, quase pachorrentos – e, reconheci a transparência daquela manhã (…) Aquele era o filho estranho, o menino que largara o disfarce vulgar e evasivo do quer dizer e do eu acho e o trocara pelo porte de chumbo e pela lucidez do homem que tem uma missão (página 443).

O trecho acima foi extraido de um excelente livro que acabei de ler faz algumas semanas:“Precisamos Falar Sobre o Kevin” da escritora norte americana Lionel  Shriver.Sempre que eu ia à  alguma livraria a capa do livro me chamava a atenção, ela é bem sinistra e confesso que não consigo encará-la por muito tempo; peguei o livro e li a orelha, falava sobre Kevin Khatchadourian um jovem de 16 anos que mata uma professora e alguns colegas de sua classe, bem ao estilo “Tiros em Columbine” do grande documentarista Michael Moore,quando terminei de ler a orelha do livro pensei: Que merda, já fizeram até um filme(Documentário) sobre isso.

Deixei o livro para lá pensando que deveria ser mais um livro escrito por uma griga desconhecida querendo lucrar com tragédias familiares. O tempo passou e estava eu na Biblioteca Central e vi o livro novamente por acaso, mas uma vez a capa me chamou a atenção, o livro é um calhamaço de mais de 400 páginas,  resolvi arriscar e levei o livro.    Não vou contar a história do livro nem fazer nenhuma crítica literária sobre o mesmo, pois não sou gabaritado para isso, mas o livro todo é a uma narrativa da mãe de Kevin, Eva Khatchadourian, através de cartas destinadas para o pai de Kevin.

É a pespectiva da mãe de um assassino, um jovem de classe média alta que tem “tudo”, que mora em um país em que “tudo” funciona, cabendo no romance uma forte conotação socio-política que  torna a leitura mais interessante.“Precisamos Falar Sobre o Kevin” é o tipo de livro impactante que te faz pensar sobre o assunto vários dias após o término da leitura. Ele já é meio antigo foi lançado em 2007 e ouvi dizer que estão fazendo uma versão cinematográfica , espero que não seja decepcionante, mas mesmo assim quando lançar irei  ao cinema .

PS: Escrevi essa bagaça ouvindo “Pixies- The Happening”.

PS: Ouçam!!!!!!!

Veja abaixo uma entrevista com a autora no Entrelinhas:

por Coringa

 

 

CALAFRIO

Capa de Calafrio

Quem nunca sentiu calafrio em uma situação de extremo frio ou medo? Mas, quem já sentiu essa sensação diante do amor? Pois bem, bem vindos ao mundo de Maggie Stiefvater, CALAFRIO, livro publicado pela Editora Agir que por sua vez, é um selo da Editora Nova Fronteira. O livro fala do amor que surge na vida de Grace, menina simples, solitária e

Maggie Stiefvater, a escritora

que adora seus livros e de Sam, um garoto inteligente e ingênuo que durante o inverno é transformado em lobo o que, no entanto, não impede que os mais puros sentimentos e desejos sejam manifestados em seu olhar.

O livro fala das perspectivas e dos pontos de vista de cada personagem durante o desenrolar da história, cada capituloé contado por um dos dois personagens, o que ajuda o leitor a entender “o que se passa na cabeça e no coração” de cada um deles. É uma obra que envolve um “que” de mistério, mas que não é desvendado totalmente nesse primeiro livro.

Série? Isso mesmo, o livro faz parte de uma série composta por três livros e como já foi anunciado aqui no Leitor-Cabuloso o segundo já está prestes a ser lançado, dessa forma não percam tempo, leiam e fiquem por dentro para não perderem o segundo lançamento. Só assim vocês vão entender o que significa um calafrio de amor.

 

por Maiana

 

 

A MEDIADORA – A TERRA DAS SOMBRAS

Capa de "A Mediadora" - A Terra das Sombras

Quem tem medo de fantasmas? Então acho melhor você dar uma olhadinha na série A MEDIADORA de Meg Cabot, publicado no Brasil pela Editora Galera Record. Neste livro infanto-juvenil encontramos a história de Suzannah, uma garota marcada para desvendar os mistérios do “outro mundo” e ajudar as pobres almas, que, vagueiam sem rumo e sem esperança pelo mundo dos vivos e que por isso, provocam algumas confusões que só a mediadora pode resolver.

A escritora Meg Cabot

Acostumada a ser uma pessoa “comumente estranha” e sem muitos amigos, Suzannah conseguia, na medida do possível, não chamar muita atenção em seu ”trabalho”, Porém após o casamento de sua mãe e a mudança radical em sua vida, Suzi passa a ser vista e reconhecida popularmente por seus novos colegas de escola. É nessa hora que nossa protagonista terá que mostrar serviço para  cumprir seu dever e manter a salvo seus amigos.

Terra das Sombras é o primeiro volume da série, é um texto simples, porém muito descritivo, que em determinados momentos (poucos, na verdade) deixa o livro um pouco monótono. Entretanto, o linguajar adolescente e os conflitos que se passam no livro compensam trazendo algumas risadas e a vontade de querer ler o próximo. Leiam, é um livro bem interessante até pela temática abordada, divirtam-se.

Outros livros da série

por Maiana

 

 

HARRY POTTER E A PEDRA FILOSOFAL

 

Capa da obra

É interessante como certos adágios parecem ser comprovados com o passar do tempo. Dentre eles está um que ouvi de vários professores que tive no ensino médio e superior: “Reler um livro é sempre uma nova leitura!”. É verdade! E pude comprovar isso com a releitura de Harry Potter e a pedra filosofal. O primeiro livro da saga do bruxinho testa rachada. J. K. Rowling pode ser muito criticada hoje por alguns fãs que consideram seus últimos livros como engodos para encher páginas e mais páginas, pois a ação demora a aparecer. Contudo ninguém poderá negar o pontapé que Harry Potter trouxe para o mercado infanto-juvenil que antes não existiam. Muitos fãs de Crepúsculo e Percy Jackson (livro que estou lendo no momento) devem reverenciar a senhorita Potter por alavancar um mercado até então esquecido e pouco valorizado pelas editoras.

Mas, vamos falar do livro em si. Neste primeiro livro (tenho que confessar um dos melhores, está no meu top 10), Harry é apresentado ao público. O universo dos bruxos é esmiuçado, por isso a autora necessitava explicar TUDO (com capslook) já que ninguém conhecia o mundo de Hogwarts ou os trouxas. Considero A pedra filosofal um excelente livro, por esse motivo. Qualquer parte que a autora tenha perdido explicando algo daquele mundo seria necessário, pois ela estava apresentando o mundo aos leitores!

O personagem Harry é outro ponto forte desse livro. O fato de ser órfão e todas as situações ruins que acontecem com ele durante o livro fazem com que simpatizemos com sua descoberta de ser um bruxo. Quando vai a escola de magia pela primeira vez sentimos aquele medo do desconhecido (quem nunca mudou de escola onde todos se conheciam ou foi a uma festa onde só conhecia o anfitrião, pois Harry só conhecia Hangrid). E a maneira como de repente tudo parecia natural para ele. À medida que vai conhecendo os personagens do livro isso também acontece conosco, já que estamos como, ambos, desconhecidos desbravando um mundo novo. Esse, repito, é o ponto alto do livro. Personagem e leitor dividem a mesma emoção.

J. K. Rowling abusa dos clichês sim! E como não poderia fazê-lo? Observe o eu disse no início, não havia mercado infanto-juvenil da maneira com o vemos hoje. Observe os filmes estilo sessão da tarde e você verá harrys, hermiones e weasleys. Draco lembra muito os filmes dos anos 80 no melhor estilo “odeio você porque odeio”. Mas isso não conta ponto contra. Muito pelo contrário. Lá é perfeito porque ficamos o tempo todo focado nas subtramas que acontecem por detrás do palco, mesmo quando estamos numa partida de quadribol ou durante as aulas sabemos que algo de estanho está acontecendo nos corredores de Hogwarts.

Recomendo a leitura (ou releitura) do primeiro livro como uma obra que marcou o início desse mercado como o vemos hoje. Não podemos esquecer esse mérito. Li até o terceiro livro e pretendo por a série a limpo este ano, mas ao reler Harry Potter e a pedra filosofal constatei a magia existia. E não é isso que um bom livro deve transmitir?

Boa leitura!

por Lucien, o Bibliotecário

 

 

 

Capa da obra

Eduardo Spohr é um escritor que me surpreendeu, pois sou preconceituoso com escritores nacionais escrevendo livros de fantasia, mas não consigui fugir ao livro que além de ter virado cult, contém uma vivacidade que não vejo a muito tempo. O livro A batalha do apocalipse não conta meramente uma história, ele joga a história como uma possibilidade quase palpável.

O escritor não economiza linhas para trazer detalhes e mais detalhes que fazem da obra um completo guia de como escrever um bom livro de fantasia; O universo criado é amplo e poderá ser explorado de várias formas. O anjo renegado Ablon passa pela história e o livro é todo montado em flashbacks mostrando como ele acompanhou o avanço (e tropeços) da humanindade até o derradeiro dia do juízo final.

Para aqueles que não sabem. A batalha do apocalipse conta a história de Ablon, um anjo renegado, que fora expulso do paraíso por não concordar com as atitudes dos arcanjos, em especial o arcanjo Miguel. Condenado a vagar pela terra ele conhece Shamira uma feiticeira necromante que irá acompanhá-lo em sua jornada através dos tempos para poder alcançar seu objetivo que é acabar com a tirania do arcanjo Miguel e evitar o apocalipse.

Outro ponto valoroso do livro é que o apocalipse não é tratado da forma religiosa, mas a temática é usada para contruir um épico ala Senhor dos Anéis. Fora que ele é um caldeirão de referência que salta aos olhos, contudo muito diferente daquilo que se espera quando um clichê é usado aqui todos os dados, todos os filmes, todas os quadrinhos, todos os animes são postos de forma inteligente e sagaz. Como ouvi numa entrevista com o próprio autor “não existe idéia original, mas o clichês precisa ser usado de forma inteligente”. Por isso considero essa outra etapa do livro encontrar as referências e se sentir lisongeado.

Os personagem são um charme aparte. Personagem muito interessantes e intrigantes, não há como você não observá-los sem pensar “gostaria de saber mais sobre esse tal…”, o que reforça aqui que disse anteriormente, Eduardo Spohr deu muito pano para manga nesta obra. Um dos fatos que chama a atenção e que ele até comentou na entrevita que consedou ao Jô é o fato do Arcanjo Raphael ter desaparecido. Ninguém sabe o que ocorreu com ele. No livro apenas é dito que inconformado com as atitudes de Miguel ele decidiu seguir outro caminho. Mas qual? Onde ele estaria no crepidar da guerra? Em outra entrevista o escritor deixou claro que o livro terminou e “não há mais nada para contar”, mas o que ele deixara no ar isso sim poderia ser explorado em outras obras.

Recomendo a leitura deste épico nacional que apenas está começando! Esperamos que outros livros do Eduardo Spohr venham logo para preencher essa lacuna que fica ou término de A batalha do apocalipse.

por Lucien, o Bibliotecário

 

 

COMO SE LIVRAR DE UM VAMPIRO APAIXONADO

A linda capa de "Como se Livrar de um Vampiro Apaixonado"

Olá Ouvintes-Leitores! Curtindo muito as férias? Lendo muitos livros? Espero que sim! Como todos já devem ter lido meu post de “Como se Livrar, (LITERALMENTE) de um Vampiro Apaixonado” e se não leram, vão logo correndo dar uma olhadinha, pois darei início agora, a resenha do tal suposto vampiro apaixonadamente grudento da autora Beth Fantaskey.

Como eu já tinha frisado na minha matéria anterior sobre este livro, ele me cativou desde o inicio com sua premissa de se livrar de um sangue suga apaixonado, algo bem diferente do que vem sendo feito nos atuais livros infanto-juvenis sobre vampiros, onde a protagonista não resiste de imediato ao charme de caras com dentes afiados e com cora de morto.

O livro começa com Jessica, nossa heroína, tentado tirar dos seus calcanhares um príncipe vampírico um tanto sexy, charmoso, orgulhoso, prepotente e as vezes metido a besta, Lúcios Vladesu. Nosso vampiro apaixonado que foi prometido a ela desde o nascimento, quer leva-la de volta a Romênia, e transformá-la numa verdadeira princesa vampírica. No entanto, nossa protagonista está muito bem com sua vidinha na Pensilvânia com seus pais adotivos, vegetarianos e seu até então, amor platônico Jake.

Mas de repente, sua vida dá um giro de trezentos e sessenta graus para seu total desespero, pois seus pais deixaram o sexy romeno ficar como hospede em sua casa o que deixou Lúcios perto o suficiente para persegui-la em todos os lugares e convence-la de que é uma nobre Vampira e ambos têm a obrigação de se casarem para evitar uma guerra entre seus clãs, os Dragomir, e os Vladescu.

O que vocês fariam meus caros Leitores-Cabulosos? Achariam isso tudo uma maluquice e que Lúcios precisa de um psiquiatra urgente? Realmente, nossa personagem principal também acha isso, pois ela sendo uma garota certinha, adoradora das ciências exatas e da racionalidade, considera toda essa história uma maluquice e claro, não é para menos.

Ao decorrer da leitura, as coisas mudam radicalmente. O livro não deveria mais se chamar “Como se Livrar de um Vampiro apaixonado” e sim “Como (Reconquistar) um Vampiro Apaixonado”. Depois de tanto Jessica tentar dar um chega para lá em Lúcios, agora é a vez dela tentar faze-lo cumprir o acordo selado entre eles. No entanto, Lúcios começa a perceber que seu mundo e talvez ele próprio sejam muito perigosos para Jessica que sendo uma vampira ainda não transformada e criada nos Estados Unidos nunca estaria pronta para as intrigas da realeza vampírica. Logo, tenta fazer de tudo para se livrar de Jessica, que para sua alegria e desespero, já tinha feito sua decisão, viver ao seu lado e ser tornar uma princesa vampírica. Ou seja, o jogo ironicamente tinha virado, agora era Lúcios que tentava se livrar de Jessica, para salva-la da morte certa e era a vez de Jessica convencer seu noivo prometido a selar o contrato feito pelos seus ancestrais para evitar uma guerra entre vampiros ou a morte do próprio Lúcios Vladescu.

Será que nossa heroína vai conseguir? Tudo terminará bem no final? Só vocês lendo para saber, não irei contar o final de maneira alguma, prefiro deixa-los morrendo de curiosidade! Como sou maléfica não? Aprendi com Lúcios Vladescu!

Falando agora um pouco dos personagens não negarei que o Lúcios é o meu preferido. Seu jeito nobre e ao mesmo tempo gentil e teimoso o tornava as vezes mais cativante que a nossa protagonista com personalidade típica de livros teen da atualidade. Mas a autora ao chegar na personalidade do Lucios Vladescu comentei um pequeno deslize. No início da história nosso vampiro parece ser apenas um típico nobre herói adolescente. E não um guerreiro imbatível e impiedoso que a autora transforma no final do livro e que fez Lúcios um personagem tão interessante. Dá a impressão que a Beth Fantaskey, a autora não tinha a personalidade dele tão bem trabalhada quanto da Jessica. O Lúcios vai do o Edward Cullen ao Guerreiro Vampírico implacável e impiedoso em poucos segundos, ou melhor, em poucas páginas, isso me causou uma pouco de frustação, pois se o Lúcios realmente tendia para o lado negro da força, porque não mostrar isso desde o início da trama e só apenas no final? É algo a se pensar.

Apesar dessa pequena falha da nossa fofíssima autora, o livro não deixa de ser divertido e emocionante. A narrativa desenvolvida por nossa escritora é deliciosa e deixa as páginas da sua história impossível de se largar quando começamos a ler. Sendo assim, é uma ótima leitura despretensiosa para as férias que eu, a Serena recomendo para vocês. Tenho certeza que quando começarem não vai querer mais parar e ainda ficarão com um gostinho de quero mais. E pensando nisso, Beth Fantaskey já está fazendo sua continuação para Como se Livrar de um Vampiro Apaixonado. Fico me perguntando como vai ser o título do segundo livro. Como é Viver com um Vampiro Apaixonado ou como se Casar com um Vampiro Apaixonado? Brincadeiras a parte espero que vocês também curtam esse livro e mande suas opiniões para gente! Vou ficando por aqui e deixo muitas mordidinhas vampirescas para vocês, Leitores-Cabulosos.

Por Serena

O EVANGELHO SEGUNDO JESUS CRISTO (RESENHA)

Saramago, prêmio Nobel de literatura em língua portuguesa em 1998, faleceu no dia 18 de julho deste ano, contudo sua obra vive para propagar a todos os últimos suspiros do que uma literatura é capaz de alcança.

Com a obra que lhe deu a indicação e a premiação o escritor português vai longe e busca trazer um Cristo humano e místico. Sem as alegorias bíblicas Saramago mostra realmente o que significa ser o escolhido.

Minha mãe (a Sra. Cabulosa) sempre dizia que Saramago deveria se divertir enquanto escrevia e isso fica visível em O evangelho segundo Jesus Cristo. Sua ironia perpassa as páginas e invade o leitor com um vocabulário e uma peripécia de narrar com “palavras que fora escolhidas para ocupar aquele espaço”. Por ser ateu convicto, essa obra torna-se interessante exatamente por isso, confuso? Não se trata de um texto teológico e, portanto, escrito para mostrar o quanto a figura de Cristo é importante para os católicos, muito longe disso O evangelho é um livro que mostra como Deus pode ser “Deus” realmente e como viver sobre um destino não é algo tão santificado assim.

O livro que li foi publicado pela editora Companhia de bolso comecei a lê-lo duas vezes e por duas vezes o abandonei a letra pequena e o volume de páginas na constavam com as viagens de ônibus para o trabalho. Não! O evangelho reclamava sem próprio tempo e foi em minhas férias que consegui digeri aquela obra magnífica de 374 páginas.

Como é história conhecida por todos (católicos e não católicos), Saramago não inicia pelo intróito, mas pelo fim. No início do livro, Cristo é crucificado aos seus pés sua mãe, Maria, e como o autor mesmo descreve “uma outra Maria”, de Madalena que vem seguida de uma descrição sarcástica de suas vestes “com decote” e “roupas mais presas ao corpo”. Muito antes de Dan Brown causar polêmica com a possível relação entre Jesus e Maria de Madalena, o prêmio Nobel já o fizera sem nenhuma insinuação ou usando a história para contar outra história. Em O evangelho, há várias passagens entre os personagens e uma das mais fascinantes é como eles se encontraram e a primeira noite de amor dos dois que é relatada com simplicidade e beleza.

Saramago consegue emocionar o leitor em vários pequenos momentos. Jesus contesta o tempo todo seu futuro divino e o quanto isso realmente é algo bom para a humanidade. Chamo a atenção em especial para uma passagem que o leitor deve aguardar ansioso: um longo diálogo de várias páginas entre Deus, Jesus e o diabo. Onde, também, já antecipando Neil Gaiman, o escritor mostra a possibilidade de Deus não ser o único deus.

Diferente de Ensaio sobre a cegueira, acho quase impossível uma adaptação cinematográfica de O evangelho segundo Jesus Cristo, mas sonhar não é proibido. O livro vale a pena por cada página e cada palavra. É o que podemos chamar de obra-prima onde nada falta, mas cada informação se completa. Saramago morreu, contudo sua obra está eternizada nos cânones da literatura.

Veja um vídeo de Saramaga falando sobre a bíblia:

por Lucien, o Bibliotecário

4 Comentários leave one →
  1. 12/03/2011 2:15 AM

    Muito bom essa materia, gostei msmo!!!

  2. 12/03/2011 5:19 AM

    Excelente iniciativa! Obrigado por compartilhar !! Grande abraço !

  3. Katia permalink
    16/07/2012 12:46 PM

    Acabo de descobrir e simplesmente…AMEI.

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